A invasão de manifestantes de direita, que ocorreu em janeiro (8), em prédios do Congresso, do STF e do Planalto, em protesto à eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) – que muitos já associam à Invasão do Capitólio, em 2021, em protesto contra a derrota de Donald Trump nas eleições presidenciais americanas – suscitou diversas notas de repúdio de instituições e políticos de diversos espectros, em consenso geral de que tais atos são inaceitáveis.
Nas ordens expedidas por Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), onde já eram tratados como golpistas por sua vigília em frente aos quartéis do Exército, em que estiveram acampados nos últimos meses, agora passaram a ser nomeados como terroristas.
Ao decretar intervenção federal no DF, no domingo (8), Lula declarou: “E nunca, nunca vocês viram alguma notícia de algum partido de esquerda, de algum movimento de esquerda, que invadisse o Congresso Nacional, a Suprema Corte e o Palácio do Planalto”. Já o deputado eleito Guilherme Boulos (PSOL-SP) condenou as depredações e clamou pela prisão dos vândalos: “Eles quebraram vidros, roubaram obras de arte, destruíram crucifixos, espancaram policiais e colocaram fogo dentro dos prédios. O Brasil não aguenta mais. Esses canalhas têm que ser presos!”.
No entanto, a hipocrisia de políticos, intelectuais e influenciadores de esquerda – que agora condenam estes atos – é exposta diante de diversas declarações que já fizeram em um passado não tão longínquo ao apoiarem, e até realizarem, invasões a prédios públicos e depredações, de atos do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) a ações de Black Blocs, que culminaram com a morte de pessoas inocentes.
Em junho de 2006, por exemplo, a Câmara dos Deputados foi invadida e depredada por um grupo de cerca de 400 manifestantes do MLST, uma dissidência do MST. Após tombarem um automóvel no estacionamento do anexo 2, os arruaceiros, munidos com paus e pedras, quebraram a porta de vidro e entraram na Câmara destruindo equipamentos e agindo com violência com os presentes. Entre os 24 feridos estava o chefe da segurança da Câmara, Normando Fernandes, que precisou ser hospitalizado com afundamento no crânio e edema cerebral após receber uma pedrada. Um auxiliar de Fernandes teve graves sequelas após ser jogado de uma altura de cerca de três metros em cena presenciada por vários integrantes da imprensa.
Na ocasião, o então presidente da Câmara, Aldo Rebelo, se recusou a negociar com os baderneiros e determinou que fossem presos. O presidente Lula pediu cautela, e solicitou a Rebelo que não mandasse prender Bruno Maranhão, um dos líderes do movimento. O prejuízo material estimado de R$ 150 mil nunca foi pago e ninguém foi preso pelos atos.
Já Boulos, que possui vasto histórico de episódios de violência e vandalismo, em janeiro de 2012 teria incentivado a depredação de um centro poliesportivo, no bairro de Pinheirinhos, em São José dos Campos (SP), durante uma reintegração de posse. Por este evento, Boulos foi processado e se tornou réu. Porém, em junho do ano passado, o processo foi anulado pelo TJ-SP sob alegação de falha processual do MP.
Os vinte centavos
Na história recente brasileira, não há manifestação que tenha tido tanta força e relevância quanto as manifestações dos “vinte centavos”, e as demais manifestações de 2013, que até hoje reverberam na política nacional. Inspiradas no movimento americano Occupy Wall Street, de 2011, que por sua vez se inspirou na Revolução Egípcia, que ocorreu no mesmo ano, as manifestações de 2013 no Brasil apresentaram ao mundo os Black Blocs: manifestantes de extrema-esquerda que, escondendo o rosto, vandalizavam em bando edificações e patrimônio alheio para provocar reações da polícia e chamar a atenção em protesto contra o “sistema”.
Com um saldo de mais de 800 feridos e oito mortos, os protestos ficaram marcados pelas diversas ações violentas praticadas pelos Black Blocs, que aterrorizavam as ruas do Brasil afora. A imprensa os tratou pelo nome correto: vândalos e baderneiros. Mas parte dela os tratou com condescendência. Um exemplo são os integrantes da Mídia Ninja, um grupo de ativistas que registrava de perto os atos. E não apenas registrava, mas participava na sua organização. Hoje a Mídia Ninja trata a invasão de bolsonaristas no Congresso como “terrorismo”.
Atos similares ao dos protestos “ardentes, mas principalmente pacíficos” (em inglês, “fiery but mostly peaceful”), conforme declarado pela CNN americana, em 2020, na legenda de uma reportagem sobre protestos do Black Lives Matter, que eufemizava as ações violentas do grupo ao mesmo tempo em que apresentava ao fundo diversos veículos e edifícios incendiados na cidade de Kenosha, Wisconsin.
As manifestações de 2013, que começaram com protestos do Movimento Passe Livre contra o aumento da tarifa dos ônibus, tomaram todo o país em protestos contra a Copa do Mundo de 2014 e contra a corrupção,em profusão de visões ideológicas. Nessa época inclusive surgiu o Movimento Brasil Livre (MBL), alinhado à direita liberal. Em sua maioria os protestos, que juntaram milhões de pessoas, foram pacíficos. No entanto, nos poucos casos em que houve violência e depredação de agências bancárias e do metrô era devido a ação dos Black Blocs.
Os protestos continuaram em 2014, ano em que o cinegrafista da Band Santiago Andrade foi morto por um tiro de rojão disparado por manifestantes. Embora tenham sido indiciados pelo Ministério Público do Rio de Janeiro por crimes de explosão e homicídio doloso triplamente qualificado com impossibilidade de defesa da vítima e com emprego de explosivo, Fábio Raposo e Caio Silva de Souza, que disparou o rojão, ficaram pouco mais de um mês na prisão e aguardam julgamento por homicídio doloso em liberdade.
Segundo o escritor e analista político Flavio Morgenstern, autor do livro Por Trás da Máscara (2015, Record, 574 págs.), o termo “Black Bloc" surgiu subitamente em 2013 e a definição de que era uma “tática” foi definida pelos próprios integrantes. Ele explica que o vandalismo de 2013 tinha pautas anarquistas - ou seja, de destruição não apenas do Estado, mas de todos os laços e pensamentos da sociedade.
“Nunca foram chamados de "antidemocráticos", nem se viu a mídia exigindo quebras de sigilo, buscas e apreensões e prisões em massa para se criar um gráfico de ligações - mesmo após serem vistas ligações do PSOL, principalmente no Rio de Janeiro, com ativistas. E mesmo após a morte de Santiago Andrade por um rojão disparado por um black blocker”, diz.
Segundo ele, há uma mudança nos termos utilizados para descrever os atores nas ações de Black Blocs e nas de agora, na Invasão do Congresso, que agora são chamados de bolsonaristas, extremistas e até terroristas. Além disso, diz ele, há discrepância nos meios: em 2013, testemunhou-se jovens usando pedras, armas caseiras, barras de ferro; hoje havia diversas famílias com crianças e idosos, muitos com baixa escolaridade.
“Apesar do absurdo que é invadir os prédios dos 3 Poderes e depredar até obras de arte, agora o que eles pensam e defendem - e em quem votaram - aparece destacado antes dos métodos. E as descrições dos métodos são muito mais violentas. Na época, quando se pensou em criar uma lei contra o terrorismo, a imprensa criticou o tratamento e falou do risco de punir inocentes”, afirma.
Invasões em série
Invasões de edifícios públicos são a marca registrada da esquerda para pleitearem as suas demandas. Segundo levantamento realizado pelo site A Investigação, nos últimos dez anos pelo menos 31 invasões ou depredações de repartições públicas foram realizadas por ativistas de esquerda, enquanto 3 foram realizadas por militantes de direita, incluindo o ocorrido nesta semana.
O primeiro registro de invasão cometida pela direita ocorreu em 16 de novembro de 2016, quando cerca de 50 manifestantes pró-intervenção militar invadiram o plenário da Câmara dos Deputados, após quebrarem a porta de vidro de acesso, e promoveram um quebra-quebra gritando "viva Sergio Moro". Em 13 de junho de 2020 ocorreu o segundo registro: integrantes do movimento “300 do Brasil” atiraram fogos de artifício para o Supremo Tribunal Federal (STF) em protesto contra ação da Polícia Militar do DF que desmontou o acampamento do grupo.
Mas a esquerda tem praticado nos últimos anos invasões em série de órgãos públicos. Em 2012, o Movimento dos Sem Terra promoveu pelo menos três invasões em protesto por mais desapropriação de terras: em 16 de abril, militantes do MST ocuparam prédio do Ministério de Desenvolvimento Agrário (MDA), em Brasília; em 19 de abril, cerca de 100 integrantes do MST invadiram a sede da superintendência do Banco do Nordeste em Maceió; dois dias depois, 21, Integrantes do MST invadiram as instalações do Laboratório Nacional Agropecuário (Lanagro), em Sarandi (RS), e vandalizaram o local. Animais utilizados como cobaias científicas foram abatidos, carros e casas de funcionários foram pichados e depredados.
Ainda em 2012, em agosto, cerca de 7 mil manifestantes do a Marcha camponesa, composta por militantes do MST de do Greenpeace, derrubaram as grades de proteção da Praça dos Três Poderes, usadas para conter multidões, e tentaram subir a rampa do Planalto. A polícia precisou usar bombas de gás lacrimogêneo, spray de pimenta e cachorros para conter o avanço dos manifestantes.
Em 16 março de 2013, cerca de cem indígenas ocuparam o plenário da Câmara em protesto à criação de uma comissão especial para analisar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 215, que trata sobre a demarcação de territórios indígenas (transferência do Executivo para o Legislativo). Na imprensa, o protesto foi considerado “pacífico”.
Em outra votação da PEC, realizada em dezembro de 2014, houve nova tentativa de invasão do Congresso. Nesse caso os indígenas deram flechadas em um policial e agrediram outro com pedradas na cabeça, além de arremessar objetos na porta de vidro de uma das portarias da Câmara. Na ocasião, quatro líderes indígenas foram presos pela polícia em frente ao Ministério da Justiça quando se encaminharam para uma audiência com o ministro José Eduardo Cardozo e parlamentares. O Instituto Socioambiental (ISA), instituição militante da “causa indígena” considerou a ação da polícia uma repressão aos protestos indígenas.
Entre 10 de junho, manifestantes do Bloco de Luta pelo Transporte Público, movimento que pleiteava o passe livre nos ônibus, invadiram a Câmara de Porto Alegre e agrediram o seu presidente, o vereador Thiago Duarte e um fotógrafo. Houve até cenas de nudez no local. Entre os organizadores do movimento estavam militantes do PSOL, que receberam apoios de vereadores do PSOL e do PT.
“É legítimo debater sobre o episódio, são jovens que estão se manifestando, algumas vezes com condutas corretas, outras vezes erradas. Mas é estranho que isso gere mais indignação do que o caso de corrupção na Procempa”, disse o vereador petista Alberto Winogron Kopittke na ocasião.
Ações violentas
Em 17 de junho de 2013, milhares de manifestantes invadiram a cobertura do Congresso Nacional em protesto contra a Copa do Mundo e em apoio às manifestações pelo Passe Livre. Embora houvesse pessoas de visões políticas distintas, a depredação é atribuída a Black Blocs: um vidro do gabinete da 1ª vice-presidência da Câmara foi quebrado com uma pedra. Ninguém foi preso.
No dia 21 de junho, as manifestações se intensificaram por todo o país. Mais de 1 milhão de pessoas foram às ruas em atos pacíficos, em sua maioria. Mas ações isoladas de violência foram registradas em diversos estados, na sua maioria militantes petistas, segundo levantamento do G1.
Em Fortaleza uma bomba foi explodida por um manifestante em frente à Assembleia Legislativa. Após a intervenção da polícia que interveio com balas de borracha, manifestantes responderam com pedradas. Em Belém, o prefeito Zenaldo Coutinho saiu do gabinete para dialogar com cerca de 15 mil manifestantes, no entanto, foi recebido com pedras e fogos de artifício. Um guarda municipal ficou ferido no tumulto e precisou ser removido do local. O prefeito também deixou o prédio, cujas janelas foram quebradas.
Em Vitória (ES) um manifestante explodiu uma bomba em frente à Assembleia Legislativa e outro grupo quebrou vidraças e soltou rojões no Tribunal de Justiça. Nesta ocasião, houve confronto entre manifestantes que eram a favor e manifestantes que eram contra a depredação.
Em Campinas ao menos duas pessoas foram detidas e um coquetel molotov foi apreendido pela polícia. Alguns manifestantes soltaram rojões em direção à polícia, em frente ao Paço Municipal, que dispersou a multidão com bombas de gás, spray de pimenta e balas de borracha. Em seguida, manifestantes depredaram pontos de ônibus e invadiram uma escola para pegar pedras e atirar nos policiais. Dois meses depois, em 12 de agosto, a cidade de Campinas foi novamente vítima de invasões: a Câmara de Vereadores foi invadida por manifestantes pedindo o passe livre. O prédio foi depredado e os prejuízos chegaram a ser calculados em R$ 50 mil.
Um mês depois, em 14 de setembro, um grupo de 400 manifestantes, em sua maioria sindicalistas e estudantes, invadiu a Câmara de São Paulo a pretexto de protestos contra os escândalos de corrupção tucana nas Companhias do Metropolitano (Metrô) e Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Entre os organizadores estavam o MPL e o Sindicato dos Metroviários, que convocaram um primeiro ato, e a Central Única dos Trabalhadores (CUT), que convocou um segundo ato no mesmo dia.
Escolas ocupadas
De outubro a dezembro de 2015, mais de 200 escolas públicas de SP foram ocupadas por estudantes secundaristas em protesto ao plano de reorganização de Geraldo Alckmin, então Governador de São Paulo. As manifestações foram lideradas por movimentos estudantis como a União Paulista dos Estudantes Secundaristas e foram insufladas pela Apeoesp e o Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto, (MTST) que declararam apoio aos estudantes, e até deram orientações de como agir e também ocuparam algumas escolas.
Artistas como Paulo Miklos (Titãs), Maria Gadú, Pitty, Chico César, Tiago Iorc, e bandas como Fresno e Vespas Mandarinas realizaram shows dentro das ocupações em apoio às manifestações. A Virada das Ocupações foi organizada pela ONG Minha Sampa, instituição dona da plataforma que criou um site usado pelo Sleeping Giants.
Na ocasião, em entrevista exclusiva ao G1, o então secretário da Segurança Pública, Alexandre de Moraes, disse que a PM iria intervir sempre que fosse preciso para impedir que alunos bloqueassem as principais vias de São Paulo. As escolas só foram desocupadas após o governo anunciar que não mais executaria o projeto de reorganização das escolas.
Outra ocupação que ocorreu neste ano foi promovida por militantes do Movimento Antimanicomial, que em 16 de dezembro realizaram manifestações por todo o país contra a nomeação, feita pela presidente Dilma Rousseff, do médico psiquiatra Valencius Wurch Filho para o cargo de Coordenador de Saúde Mental, Álcool e outras Drogas. O escritório da pasta foi invadido por manifestantes, pessoas portadoras de distúrbios mentais foram trazidas de diversos locais do país para estarem na ocupação que durou quase 4 meses até a reintegração de posse definitiva ser decretada pela justiça.
Em 3 de maio de 2016, cerca de 70 estudantes invadiram o plenário da Assembleia Legislativa de SP.(Alesp). Cerca de 70 estudantes ocuparam o plenário Juscelino Kubitschek em uma manifestação pela investigação de supostas fraudes na merenda cometida pela gestão Alckmin. Durante uma discussão entre policiais e manifestantes, o deputado petista João Paulo Rillo, um dos fundadores da União Municipal dos Estudantes Secundaristas de São José do Rio Preto, deu um empurrão em um PM.
Cinco meses depois, em outubro, mais de 450 escolas foram ocupadas por estudantes do Paraná, seguindo o exemplo paulista. Coordenadas pelo movimento Ocupa Paraná, as manifestações protestavam contra uma Medida Provisória que promovia mudanças no Ensino Médio e a votação da PEC do Teto de Gastos que ocorria no Congresso.
Mais invasões
Em 15 de março de 2017, manifestantes ligados à CUT, MST e MTST invadiram o Ministério da Fazenda em protesto contra as reformas da Previdência e Trabalhista propostas pelo governo do presidente Michel Temer. Segundo a Polícia Militar, vidraças do edifício foram quebradas.
Um mês depois, em 18 abril, cerca de 5 mil policiais ligados a sindicatos tentaram invadir o Congresso em ato contra a reforma da Previdência. Houve confronto com policiais legislativos, que impediam a entrada com balas de borracha e bombas de efeito moral. Mesmo assim, manifestantes ocuparam a rampa do Congresso. Cones foram atirados contra portas de vidro do edifício e vidraças foram quebradas.
Em 24 maio de 2017, finalmente manifestantes de esquerda da CUT conseguiram realizar invasões. O alvo foram edifícios das Esplanadas dos Ministérios, que foram incendiados pelos manifestantes, que também quebraram os vidros da fachada e das portas de acesso. As chamas atingiram os ministérios da Agricultura, do Planejamento e da Cultura. Ao chegarem no local para conter as chamas, os bombeiros foram recebidos com pedaços de pau jogados em sua direção, que acertaram uma pessoa no rosto. Segundo a PM, os manifestantes levavam estilingues para atirar pedras contra os policiais.
Em 26 de dezembro de 2018, o gabinete de Fernando Holiday, então o vereador do DEM, foi atingido após uma sessão da Câmara dos Vereadores em que foi aprovada a reforma da Previdência municipal. O disparo contra ele ocorreu após ele ir à janela acenar para manifestantes que protestavam contra a votação, fato confirmado pela perícia realizada pela Polícia Civil. Até hoje o atirador não foi identificado.
Em 5 de dezembro de 2019 sindicalistas invadiram a Alesp para agredir o deputado Arthur do Val, conhecido como “Mamãe Falei”. Durante a confusão, o deputado do Novo, Heni Ozi Cukier, levou empurrões e até uma mordida do deputado Luiz Fernando Ferreira (PT). O deputado Teonilio Barba (PT) apoiou a invasão e até tomou a frente junto dos sindicalistas para agredir Mamãe Falei.
Em 22 de junho de 2021, indígenas entraram em conflito com a PMDF e a Polícia Legislativa do Congresso Nacional enquanto manifestavam na Esplanada Dos Ministérios. Os policiais repeliram os indígenas com bombas de efeito moral, gás de pimenta e gás lacrimogêneo e os indígenas atiraram flechas, que atingiram um policial legislativo na perna e um servidor administrativo da Polícia Legislativa foi ferido no tórax.
Segundo a Polícia Legislativa, a ação teve objetivo evitar invasões no prédio, pois os indígenas, de posse de flechas e tacapes, já haviam derrubado as grades da entrada do edifício e os arremessaram contra os policiais, com uma saraivada de flechas disparadas contra os policiais na tentativa de invasão. A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), que organizava o evento, negou tentativas de invasão. Políticos como a deputada Erika Kokay (PT) e influenciadores como Felipe Neto se manifestaram em favor dos indígenas chamando a ação da polícia de “brutal” e “covarde”.
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