Método da Audiency é viável para auditorias, conclui investigação independente

Segundo a checagem, Alexandre de Moraes, presidente do TSE, pode ter sido induzido a erro ao utilizar como prova da ineficiência do sistema estudo com falhas metodológicas.

Por: Redação A Investigação
06, nov. de 2022 às 20:56
Método da Audiency é viável para auditorias, conclui investigação independente

Temos a honra de, finalmente, lhes apresentar os resultados finais da checagem — realizada por uma equipe independente, multidisciplinar e apartidária — dos dados da denúncia feita pela campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL), em 24 de outubro, sobre as discrepâncias nas inserções nas rádios.


Segundo a investigação, que já dura onze dias ininterruptos, os dados de inserções das amostras de 24 horas das 7 rádios, totalizando 168 horas (ou uma semana), apresentados pela Audiency para checagem, são consistentes e correspondem com os nossos resultados.


Nossa equipe encontrou 107 inserções a mais para o candidato Luís Inácio Lula da Silva (PT) nas sete rádios checadas, ou 227,66%. Já no relatório da Audiency encontramos 112 inserções a mais para o PT, ou 238,30%. Em um cenário em que a Audiency realizasse uma filtragem nos falso-positivos de Horário Eleitoral Obrigatório, que ocorrem de maneira fixa em todas as rádios e são facilmente identificáveis, o percentual de inserções a mais para o PT iria a 111, ou 225,53%. Resultado muito mais próximo ao que encontramos, com uma diferença de apenas 2,13 pontos percentuais.


Diante dos dados obtidos a partir da investigação de nossa equipe, facilmente auditáveis através das planilhas em nosso Drive, demonstramos que o método de captação de dados de áudio da Audiency é viável para a realização de auditorias, ao contrário do que foi afirmado pelo professor Engenheiro Miguel Freitas — utilizado pelo ministro presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, para arquivar a denúncia. Concluímos, portanto, que deveria ter sido dado prosseguimento à investigação solicitada, dada a importância para a democracia e sociedade.


Acesse a seguir o nosso Drive com todos os nossos arquivos e documentações utilizadas nas checagens. Este repositório ficará disponível de forma simples, transparente e auditável por qualquer pessoa. Acesse aqui, de maneira direta, o nosso Relatório Final.


Este Infográfico, produzido na plataforma Power BI, resume o estudo realizado por nossa equipe. Caso tenha dificuldade em utilizá-lo, clique em “Como utilizar este painel?”.



Em caso de possível correção de dados, elogios, críticas ou sugestões, envie um email para: [email protected].

Equipe A Investigação

Coordenador 

David Ágape: Jornalista Investigativo e Arquiteto e Urbanista (Faus);


Equipe Técnica

Leandro de Souza: Tradutor. Técnico em Eletrônica (ETHEL) e Bacharel em Física (UFF);

Gabriel Falcão Rozenwald: Empresário e Engenheiro de Controle e Automação (UnB); Mestrado em visão Computacional e Robótica (Erasmus Mundus);

Leo Andrade: Guitarrista e Técnico de Áudio;


Equipe de Checagem

Karina Tonarua: Motorista de Aplicativos;

Romulo Couto: Bancário. Ciência Política (UnB) e Ciência da Computação (UCB);

Guilherme Queiroz: Tecnólogo em Informática para Negócios (FATEC-RP), Direito (UNIP), Pós graduação em Cibersegurança (PUCRS);


Equipe de Processos 

Ana Carolina Bicudo: Ex-auditora. Administração (Faap); MBA Executivo, Finanças e Marketing (FAAP); MBA em Gestão de Riscos (Trevisan Escola de Negócios); 


Equipe de Infografia

Raphael Silveira de Lavor: UX designer (PUCPR);

Bruno Martins: Publicitário e Administrador / Consultor de BI;

André Vidal: Desenvolvedor Front End e Design Gráfico; Miguel Vidal: Bacharel em Sistemas de Informação (Universidade Positivo).



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